Dr. João Pedro – Foto Jonas Lavarini (1). 

 

10% dos problemas de fertilidade de um casal estão relacionados a fatores desconhecidos; ausência de respostas não significa impossibilidade de tratamento, conforme explica especialista

 

Na investigação das causas da infertilidade de um casal sabe-se que 40% dos casos podem estar relacionados a fatores femininos, outros 40% a fatores masculinos, 10% pela combinação de ambos e outros 10% por causas desconhecidas – é a chamada infertilidade sem causa aparente (ISCA).

 

Conforme explica o Dr. João Pedro Junqueira Caetano, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar, esse diagnóstico só é constatado após uma investigação criteriosa e profunda, tanto da saúde do homem quanto da mulher.

 

“Após 12 a 24 meses de vida sexual ativa, ciclos menstruais regulares e nenhuma alteração identificada depois da realização de dosagens hormonais, radiografia do útero e das trompas, ultrassonografias transvaginais, inclusive com preparo intestinal para avaliação de endometriose, cariótipo do casal, espermogramas completos com morfologia estrita e fragmentação do DNA espermático – então chegamos ao diagnóstico de ISCA”, analisa o especialista.

 

Apesar de muitos casais se sentirem preocupados e amedrontados nessa situação, a ausência de respostas não significa impossibilidade de tratamento. Segundo Dr. João Pedro, existem opções na medicina reprodutiva para esses casos, como o coito programado, a inseminação artificial e a fertilização in vitro. “Para decidir qual o melhor tratamento a ser aplicado, o especialista levará em conta fatores como idade da mulher e tempo de infertilidade”, afirma.

 

Ainda de acordo com o especialista da Huntington Pró-Criar, é importante destacar que, independentemente de as causas da infertilidade serem ou não diagnosticadas, o casal que pretende ter filhos deve manter hábitos de vida saudáveis, como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, perder peso, manter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos. “Esses detalhes podem fazer toda a diferença no resultado de um tratamento, inclusive para quem está tentando engravidar de forma natural”, alerta.

 

Tipos de tratamentos indicados para a ISCA

 

  • Coito programado

 

É um tratamento relativamente simples. O médico prescreve medicamentos para induzir a ovulação e, orienta o casal quanto ao momento ideal para relações sexuais, coincidindo com o período em que a mulher está mais fértil. Com isso, as chances de ocorrer a fecundação e a gravidez podem aumentar. O acompanhamento é feito com ultrassonografias seriadas para avaliar o crescimento dos folículos ovarianos e o aspecto do endométrio.  Vale ressaltar que a relação sexual programada, embora possa ser utilizada em casais jovens com ISCA, é indicada principalmente para casais em que a mulher tem dificuldades de ovulação, como na síndrome dos ovários policísticos.

 

  • Inseminação artificial

 

Esse tratamento tem semelhanças com a relação sexual programada, mas nesse caso, os espermatozoides são coletados, processados e inseridos no útero por meio de um cateter, no período fértil da mulher. Esse tipo de tratamento é mais eficaz quando a mulher tem menos de 35 anos e o tempo de infertilidade não é maior que dois ou três anos.

 

  • Fertilização in vitro (FIV)

 

A FIV é a opção mais eficaz para casais com diagnóstico de ISCA. O procedimento consiste em estimular a ovulação e coletar um grande número de óvulos por via vaginal, sob analgesia. No laboratório, os óvulos coletados, que estiverem maduros, são colocados juntos dos espermatozoides para que ocorra a fecundação.  Neste caso, a fertilização ocorre IN VITRO e não in VIVO, como no coito programado e na inseminação. Os embriões obtidos após 5 dias de cultivo no laboratório, chamados de blastocistos, são colocados na cavidade uterina, utilizando um cateter bem delicado. A gravidez, quando ocorre, é detectada através de exame de sangue (β-hCG) realizado 9 dias depois da transferência dos embriões. Essa é a técnica com os melhores resultados, sendo que 50% a 60% das mulheres com menos de 35 anos engravidam após um ciclo de fertilização in vitro.

 

 

 

Sobre a Huntington Pró-Criar

A Huntington Pró-Criar atua há 25 anos como especialista em reprodução assistida em Belo Horizonte. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologistas, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.

 

 

 


atualizado em 15/10/2024 - 16:14

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